
Conta-nos um pouco sobre ti!
Olá, eu sou a Diana, uma menina-mulher de 34 anos, de sorriso fácil e com um desejo profundo de cuidar e bem-querer. Sempre alerta, perco-me muitas vezes entre o sol e a chuva, o meu tempo e o trabalho, a leitura e a escrita, a música e o silêncio.
Também vagueio entre a emoção e a razão, o movimento e a quietude, os abraços de quem mais amo e os momentos de recolhimento… mas regresso sempre à (minha) natureza e às cores do meu coração!
Cresci em vários lugares, tendo passado por diferentes escolas, e por isto é sempre difícil responder à pergunta “de onde és?”, porque me sinto facilmente em casa, seja lá onde for esse lugar. Talvez também justifique este espírito aventureiro e vontade de devorar todas as experienciais que a vida pode oferecer. Ao mesmo tempo, fez-me estar mais atenta à minha presença na vida dos outros.
Confiar que vim equipada para SER tudo isto, nem sempre é tarefa fácil. Apesar de todos os desafios, sinto muito orgulho na pessoa na qual me transformo, dia a dia, e é fruto de enorme e infindável aprendizagem, já ser capaz de expressar isto assim, sem medo de parecer atrevida ou pretensiosa!
O que te inspirou para seguires o teu caminho?
A falta e a curiosidade. A falta de compreensão sobre muitas coisas que me foram acontecendo e aos outros em meu redor, e a curiosidade aguçada para as tentar explicar e aceitar.
Além disto, também a família e educação me permitiram testemunhar experiências de vida de pessoas, proveniente de realidades, valores e culturas tão distintas, estimularam a minha sensibilidade e transmitiram-me valores nobres.
Alguns professores ensinaram-me a ser exemplo nas palavras, mas sobretudo nas ações, porque se foram mostrando mais humanos e vulneráveis, do que disciplinadores.
Mas admito que é sempre mais fácil culpar alguém, e não sendo excepção, escolho a minha mãe: quem se lembraria de inventar personagens para fazer uma criança de 5 anos ter que imaginar diálogos completos, identificar emoções e criar cenários? É que uma das personagens era muda, imaginem só! Também me explicou que o nosso cérebro é como uma estante que vai guardando vários livros (memórias) e que quando fica cheia, precisa de dar lugar a novos, motivo pelo qual existem os sonhos…
Quem é que te inspira e porquê?
Atualmente, um dos meus mantras de vida é “estou a aprender” e foi-me ensinado por uma pessoa muito especial que começou por me orientar profissionalmente e se foi transformando numa mestre de vida e amiga. Também a filosofia Ubuntu e o lema “menos é mais” e a filosofia de Kant que inclui uma das minhas frases de vida (“conhecemos das coisas aquilo que de nós colocamos nelas!”).
Quem mais me inspira são mesmo as mulheres da minha vida e tantas pessoas com quem me cruzo diariamente, seja em consulta ou no meio da rua.
Qual o papel na tua vida que te inspira mais e porquê?
Sou capaz de correr quilómetros para ser melhor neta, filha, profissional e amiga, portanto diria que este é o cocktail de papéis perfeito que me inspira e permite evoluir.
Qual foi o momento da tua vida que foi mais inspirador? Porquê?
Há vários, mas destaco dois pelos quais passei, aos 19 e aos 27 anos, pautados por lutos, medos e mudanças significativas na minha rotina. Agora representam âncoras de força e coragem e aprendi a preciosidade que é ser mais paciente e carinhosa comigo. Também as viagens que decidi fazer sozinha e algumas “missões” para as quais me voluntario.
Sentes-te inspirada a todo o momento? Que estratégias usas quando não te sentes inspirada?
Independentemente do que precisa de ser feito, não, nem sempre. Se às vezes consigo aceitar e respeitar o meu tempo, noutras alturas é mais difícil porque implica compromissos com outras pessoas. Nestes momentos, procuro motivação através da escolha de um local no qual me sinta tranquila, música que desperte emoções fortes, brinco muito sobre o assunto e uso a arte de fazer perguntas (às pessoas mais próximas que nem sempre imaginam que estão a ser minhas cobaias!).
Sinto como uma grande vantagem a capacidade de me deixar deslumbrar facilmente com as coisas mais pequeninas do dia-a-dia, seja uma música, o som dos pássaros, palavras ditas no momento certo, a beleza das coisas simples e a bondade das pessoas…