O final do dia, de todos os dias; o silêncio, o momento em que tiro o relógio do pulso, respiro fundo e esvazio a mente

O que te inspirou para seguires o teu caminho?

Na verdade acho que o me inspira é o caminho. Com idas e vindas, alguns becos sem saída em que precisei de parar e voltar para trás. E voltar atrás novamente sempre que fizer sentido

Quem é que te inspira e porquê?

A minha filha! Sem dúvida nenhuma! Porquê? Na verdade acho que por tudo…e por nada. Só porque sim, pelo simples facto de poder desfrutar da presença dela! 

Qual o papel na tua vida que te inspira mais e porquê?

Acho que é nítido, o papel de mãe! E que privilégio que é poder ver o mundo pelos olhos de uma criança! 

Qual foi o momento da tua vida que foi mais inspirador? Porquê?

A primeira vez que amamentei a minha filha e em que ela, com poucas horas de vida, sorriu (ainda que involuntariamente) como se me agradecesse e eu lhe respondi como se ela pudesse compreender:Eu é que agradeço, filha, por me ensinares a não perder tempo com coisas insignificantes! 

Sentes-te inspirada a todo o momento? Que estratégias usas quando não te sentes inspirada?

Não, de todo, acho que ninguém consegue com a correria do dia-a-dia! Mas sobretudo tento parar. Parar e apreciar o “aborrecido”; não pensar em nada e só contemplar. Lembrar-me das palavras de Alberto Caeiro e nascer para “a eterna novidade do mundo”porque “a única inocência é não pensar”.