“É psicóloga, de certeza que sabe o que estou a pensar/sentir…”
Uma ideia que transmito muitas vezes em consulta é: “eu não sou vidente, só trabalho com o que me der”. O objetivo é clarificar e comprometer quem está à minha frente. Não tenho poderes, nem imaginação suficiente para saber o que outra pessoa está a pensar
“Quando não estão a trabalhar, estão sempre a analisar…”
Uma pergunta comum é: “e quando não estás a trabalhar, consegues desligar?” A resposta é ambígua. Mentiria se dissesse que consigo sempre “desligar”. Sou humana, possuo um cérebro que me faz pensar e estar alerta, mesmo quando não quero ou não preciso. E há a empatia, que me faz lembrar, preocupar e cuidar.
“Só quem passa por elas, é que sabe…”
Se assim fosse, só poderiam existir psicólogos especializados em experiências específicas. Apesar de não termos passado por todas as dificuldades, temos métodos e técnicas que, aliados à capacidade de imaginar e empatizar, nos permitem compreender e atuar adequadamente.
“Vocês, psicólogos, conseguem lidar melhor com as coisas porque estudaram…”
Então, médicos saberiam melhor realizar uma cirurgia em si mesmos ou em familiares porque estudaram? Não, pois não? As emoções são muitas vezes soberanas, e nossa história pessoal é cheia de desafios e aprendizagens. Somos todos “só” pessoas.
“Vocês, psicólogos, conseguem lidar melhor com as coisas porque estudaram…”
Então, médicos saberiam melhor realizar uma cirurgia em si mesmos ou em familiares porque estudaram? Não, pois não? As emoções são muitas vezes soberanas, e nossa história pessoal é cheia de desafios e aprendizagens. Somos todos “só” pessoas.
Sobre as Consultas
“O meu filho só vai às consultas para brincar…”
Independentemente do plano de intervenção, as atividades devem ser adequadas às características da criança. Crianças mais pequenas ainda não têm desenvolvimento cognitivo e emocional suficiente para comunicar tudo verbalmente. Por isso, utilizamos materiais lúdicos como jogos, desenhos e histórias.
“Como mãe, tenho o direito de saber tudo o que a minha filha diz na consulta”
Desculpe, mãe, mas não é bem assim. Todos os clientes têm direito à privacidade, incluindo as crianças em relação aos pais. A confiança é fundamental na relação terapêutica. Claro que têm direito a ser informados sobre o processo, e em casos excepcionais, a confidencialidade pode ser quebrada com justificativa do profissional.