O desenvolvimento da nossa autoestima é um processo contínuo e dinâmico que se vai modificando consoante os eventos e interações que vamos experimentando ao longo da vida. Os seus alicerces são estabelecidos desde muito cedo, na infância, motivo pelo qual devemos prestar atenção ao modo como interagimos com as nossas crianças.
Estas procuram sentir-se aprovadas e reconhecidas pelas figuras que lhes são mais queridas e significativas (ex.: pais, educadores…) e no lugar dos olhos têm, na verdade, binóculos e lupas que aumentam e investigam a realidade para a absorverem ao pormenor. Assim podemos considerar que para elas somos espécies raras e que o mundo que as rodeia é pleno das maiores e mais belas descobertas dos últimos séculos (nos seus relógios equivale a uns escassos minutos ou mesmo segundos!).
Atitudes potenciadoras da Autoestima
- Confiar: Não hipervigiar tudo o que faz, sente e pensa.
- Incentivar: A realizar as suas tarefas de forma mais autónoma possível (ex.: vestir, estudar, etc.), a explorar os espaços, a perguntar e questionar.
- Aceitar: Não julgar ou avaliar todas as suas ações (bom/mau; bem/mal; muito/pouco).
- Sentir: As emoções agradáveis e desagradáveis com igual abertura, curiosidade e liberdade. Evitar tentativas rápidas de afastar o choro e as birras sem compreender o que querem dizer/que necessidade está por detrás.
- Aprender: Sim, as crianças também nos ensinam… e tanto!
- Demonstrar: Orgulho, afectos…
- Partilhar: Acima de tudo, que também é humano!
- Comunicar: De forma não violenta. Criticar atitudes e comportamentos da criança e não a própria criança (“Fiquei triste com a tua atitude” e não “fiquei triste contigo!”).
- Brincar: Dedicar tempo para brincar com elas.
Frases-modelo
- O que te apetece/sugeres/gostarias?
- Confia em ti.
- Tu consegues…
- Estou aqui…
- De vez em quando vais errar e está tudo bem. Faz parte de aprender…
- Se precisares de ajuda, estou aqui.
- Parabéns pelo teu esforço!
- Lembra-te do que já conseguiste…